top of page

Reflexões filosóficas sobre a formação ativa de educadores em Engenharia

  • Foto do escritor: sensoresunifei
    sensoresunifei
  • 26 de mar. de 2020
  • 4 min de leitura

Nos últimos anos, a evasão e ociosidade vêm tomando conta das universidades, e isso é observado principalmente nos cursos de engenharia, em que, na última década cerca de 50% dos alunos desistiram de seus cursos. Isso ocorre por diversos motivos, desde problemas na formação dos estudantes, falta de didática dos docentes até problemas na elaboração das grades curriculares.

No outro lado, temos docentes que não recebem estímulo necessário e que muitas vezes estudam matérias desnecessárias que acabam cansando e também desistindo dessa formação.


Consequências de uma má formação do estudante

Durante o ensino fundamental e o ensino médio, o estudante passa por uma série de aprendizagens e evoluções que o preparam para os principais vestibulares, entretanto, as escolas param por aí. Essa falta de preparação para as responsabilidades do ensino superior está muito presente nas mais variadas escolas preparatórias do país. Ao fazer isso, o aluno não sabe o que o espera depois de conseguir a aprovação no vestibular, no início do curso de engenharia, por exemplo, o estudante acaba se assustando e consequentemente desistindo do curso por não saber gerir de forma matura sua vida acadêmica.

Todavia, esse não é o único problema que os estudantes enfrentam, muitas vezes, o jovem chega ao ensino superior pouco preparado para o que está por vir, graças a um mau ensino médio e uma má formação. Esse passado o coloca em um nível diferente do que é requisitado. Isso faz com que o aluno saia do curso por não conseguir fazer um bom acompanhamento.


A Falta de Didática dos Docentes

Muitas vezes, ao entrar na faculdade, o aluno vê professores com alto grau de graduação, possuindo mestrados e doutorados, entretanto, esse docente não tem a didática necessária, a didática que permite provocar um desequilíbrio positivo no aluno, ou seja, o professor não sabe como fazer com que o jovem/adulto em formação se sinta interessado em aprender. Ao fazer isso, esse educando acaba não entendendo matérias, e desiste, não por culpa dele apenas, mas também muito por culpa de um ensinamento ruim.


O Problema nas Grades Curriculares

Infelizmente, o problema nas grades curriculares não começa no ensino superior, desde o ensino médio, alunos e professores já conseguem perceber vários tópicos de matérias que são extremamente inúteis. Entretanto, ao chegar no Ensino Superior, existe a esperança que isso mude, já que chega a hora de você aprender o que futuramente irá aplicar no seu trabalho, todavia, isso acaba sendo uma ilusão. No Ensino Superior, tanto aluno quanto docente veem matérias que acabam nunca usando ou ensinando.

E esse problema está principalmente concentrado nas diretrizes curriculares da engenharia. Em que acabam sendo muito rígidas, detalhadas, velhas, e, muitas vezes, não suprem o que é necessário, que são justamente as aulas práticas.

Uma Formação Ativa no Professor de Engenharia

Primeiramente deve-se entender o que é uma formação ativa. A formação ativa é aquela que apresenta a metodologia ativa, ou seja, é aquela que tem como principal característica a inserção do aluno como o responsável pela sua própria aprendizagem. Portanto, ao formar um professor que possui essa metodologia, o estudante aprende de uma melhor forma, pois ele consegue entender a sua melhor forma de aprender.

Deve-se lembrar também que as metodologias ativas são processos que devem estar em constante mudança, justamente porque esse tipo de ensinamento acompanha as evoluções do período do que está sendo ensinado.

Dentro das metodologias ativas, existe o laboratório ativo, que não é apenas o espaço físico que se aplica a o teórico, mas sim o todo o espaço de aprendizado, como por exemplo a sociedade ou a universidade.

Entretanto, existem desafios para uma formação ativa de professores, como por exemplo a falta de estímulo econômico para a docência ou a ausência de políticas para a formação de docentes, graças principalmente ao pouco respeito que essa profissão recebe em relação aos órgãos governamentais.

Deve-se lembrar da relação com a ética que existe dentro da profissão. Ser professor impõe que você deve ser ético e lembrar que sua formação difere da sua didática. Essa ética no professor o estimula a questionar seus alunos e a se questionar sobre seu trabalho de forma crítica, entender se o que ele faz é querer que o que ele sabe seja passado ou armazenado.

E portanto, dentro do bom professor, deve haver a capacidade de comunicação, tendo domínio do que ensina, para que passagem da mensagem fique bem recebida pelo receptor, fazendo com que o aluno se interesse pela disciplina estudada, desde a mais difícil a mais fácil. Deve também ser sensível com quem se fala, compreender e entender de todas as formas as mais variadas perguntas, e as respondendo de forma respeitável. O professor também deve entender das novas tecnologias, para que sua aula seja a mais didática e abrangente possível, possibilitando o entendimento de tudo.

Quando o professor entende essa dinâmica, sua aula fica mais agradável, isso evita alguns problemas exibidos no decorrer dessa postagem, entretanto, essa didática não ajuda somente os alunos, mas sim o professor, que futuramente verá seus alunos se tornando bons profissionais ou até mesmo bons docentes.

 
 
 

Posts recentes

Ver tudo

Comments


©2020 por Fabricio Carvalho. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page